TURMA INDIA EAMES - 1972/1973
FATOS E CAUSOS
Está página se destina ao registro de "fatos e causos" vivenciados (ou não) pelo Indiano, e que marcaram uma época, um momento inesquecível em sua jornada pela vida. Nossa vida é um compêndio de história que deve ter seu registro para nossas gerações futuras.
Causo 1
Já distribuídos em Pelotões, coube aos Comandantes deste destacar alguns alunos para funções específicas, conforme as qualidades que apresentavam.
No meu caso, como era um bom nadador (modéstia a parte), coube-me a função de Encarregado da Piscina.
Passava os horários dedicados à faxina na Escola limpando a piscina - tirava o limo dos azulejos, limpava as cercanias do "matinho" que teimava crescer entre as pedras, cuidava das condições de uso da água, entre outros afazeres.
Um belo dia, um sol daqueles de fazer calango se abanar, por volta das 16 ou 17 horas, voltava eu de mais um dia "estafante" da lida de meus afazeres, já de banho tomado e "fresquinho", quando alcancei o pátio interno da Escola.
Naqueles dias, o pátio estava em reforma. Havia sido todo quebrado e as pedras (pedaços de concreto) estavam sendo levadas, em padiolas, para um aterro nos fundos da Escola.
Pois bem, justamente no momento em que cruzava o corredor para ir para as escadas, onde estavam os alojamentos, vi meu campanha e irmão de turma, Lemes (falecido em 8 Dez 1980) que suava às bicas com outro aluno juntando as pedras na padiola para levar para o aterro.
Então eu disse:
- Campanha, tô com pena de vocês! Se pudesse eu ajudaria nessa faina. (dito seguido de risos)
Nisso ouvi bem atras de mim a voz do Monitor, que estava atras de uma pilastra:
- Por isso não. Pode pegar a padiola e levar junto com eles.
Nunca tinha visto alguém rir tanto da desgraça de outro. Serviu de lição.
Colaboração de Walter D´Albuquerque (BUCKA)
Causo 2
Havíamos acabado de chegar à Escola, era nossa primeira noite nos alojamentos. Nosso monitor de dia, o Sg Fuzileiro Naval Santos, já havia passado pelos alojamentos e a ordem era silêncio nas cobertas.
Acontece que a euforia da chegada, a ansiedade, as novas amizades e as incertezas, acabavam por proporcionar um estado de espírito um tanto quanto inquietante.
Mas ordens são ordens, portanto, apagaram-se as luzes e todos deveria dormir para as "consequências" do dia seguinte.
Então, no silêncio do alojamento um aluno pronuncia:
- "Bença" mãe! Num tom bastante respeitador.
Foi a gota d´água para mais de cento e cinquenta alunos caírem na gargalhada.
O Sg Santos adentra novamente a coberta e em bom tom nos diz:
- Menino, vamos dormir, senão vão todos descer para o pátio.
O acontecimento, deu-se no dia 29 de agosto de 1972, se não me falha a memória.
Colaboração de Walter D´Albuquerque (BUCKA)
Causo 3
Saí no pulo uma vez com um grupo e meu primo, o AM 2-140, estava junto. Fomos e na volta descobri que tinha perdido meus documentos. Não dei alarme dos fatos, mas quando numa reunião na sala de aula no final do curso descobri que o Sub BRITO sabia de tudo. Como?
Soube então, que meu primo era o olheiro do Sub BRITO e que sabia até quem tinha achado meus documentos
Cosme Vieira do Nascimento AM 2-240